Índios ontem, índios hoje...[parte 2]

terça-feira, 13 de julho de 2010

Outro agente da colonização de Sergipe foi o criador de gado. Eles também queriam levar a "civilização"ao índios, mas pela força. A boa relação que antes tinham com os padres sumiu diante das "boas pastagens" de Sergipe. Assim como estas terras atraíram os jesuítas pelos índios "indóceis", atraíu o fazendeiro pelo bom pasto para a expansão da pecuária e por serem território de ligação entre Pernambuco e Bahia, duas bem sucedidas capitanias. Além disso, já sabemos que muitos índios fugidos da escravidão encontravam-se abrigados aqui. Garcia D'Ávila e talvez o mais importante nome nesse processo. Ao lado temos uma foto das ruínas da Casa da Torre, propriedade de D'Ávila. O "poderoso chefão" pressionava o governador baiano Luís de Brito para realizar a ocupação de Sergipe e consequente expulsão dos gentios. Ele apoiou a chamada "guerra justa" em 1590, liderada por Cristóvão de Barros, outra importante figura da época. A guerra dizimou milhares de índio e levou outros milhares cativos. A Coroa, em sintonia com os interesses dos pecuaristas, financiou a guerra dando títulos e dinheiro a quem participasse.A Casa da Torre foi a base organizacional das tropas européias que avançavam sob o comando de Cristóvão de Barros. Ele liderou a última e única bem sucedida tentativa de colonização de Sergipe. Assim como Lourenço, ele era experiente na sua área de atuação, já tendo agido na Bahia. A "guerra justa" marcou a noite de Ano Novo de 1590 com milhares de mortes. Apesar dos índios estarem em grande vantagem numérica, os europeus tinham armas muitos mais sofisticadas e efiientes, como rifles, pistolas e também cavalos, o que facilitava o cerco aos índios. Subistituiram as aldeias por vilas e cidades, as quais tinham a intenção de expandir a cristandade - as muitas construções de cunho religioso que se encontram em Sao Cristóvão atestam isso - e também tinham importância administrativa, diminuindo os desmandos dos poderosos locais.

0 comentários:

Postar um comentário